Especialista diz que não existe caminho para o amor no Carnaval. “Aproveitem a folia, saiam com seus amigos, o amor os encontra”

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Marcello Veríssimo

Amor, segundo o dicionário, é uma forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais. Também nascido de uma atração baseada no desejo sexual, o amor é uma grande questão contemporânea para muitas pessoas.

Nas redes sociais, principalmente no Instagram, não faltam especialistas nas relações de amor, dando conselhos, orientações e indicando qual o caminho das pedras para encontrar o príncipe ou a princesa encantada. Aproveitando que o Carnaval está batendo a porta, onde a maioria das pessoas sai em busca de beijar na boca, conhecer gente nova e até quem sabe encontrar um amor, a reportagem do JDL recebeu mensagens de internautas para buscar respostas sobre o amor, relacionamentos rasos, o comportamento das pessoas nas relações interpessoais, e se em tempos de relacionamentos rasos ainda vale a pena ser profundo, intenso, querer construir uma relação ou como dizem os “gurus do amor” do Instagram ser emocionado.

O especialista em desenvolvimento humano, Giobert Mendes Gonçalves Junior, que mora em São Sebastião, recebeu o JDL no início da tarde desta quarta-feira (8) e disse que para se relacionar com alguém não existe um caminho para encontrar o amor com outra pessoa. “O amor está em cada um de nós. Não existe caminho, receita ou manual a ser seguido. Cada pessoa é única, não existe como padronizar um sentimento. Não dá para saber como a outra pessoa irá sentir”, ele explica.

De acordo com Giobert, levando esse aspecto da individualidade em consideração investir seu tempo, intensidade e coração em algum tipo de relacionamento sempre é válido, em caso de reciprocidade. “Mas a reciprocidade de cada um de nós é diferente uma da outra. O tempo das pessoas é diferente. Não existe relação rasa ou profunda. Existe entrega, companheirismo, afeto, perguntar como foi o dia da pessoa, mas isso varia em cada um”, analisa o treinador de vida.

O especialista em desenvolvimento humano considera que estar vivo é justamente isso: se relacionar com outras pessoas, aprender a conviver, trocar experiências. “A vida é a arte do encontro. Tem encontros que duram uma vida inteira, outros duram alguns anos, meses, semanas, e até apenas uma noite e está tudo bem. A vida é o momento presente, o que passou, passou, não deu certo, roda a catraca e segue em frente”, ele disse.

E é por isso que Giobert considera que aplicativos de relacionamento ou de pegação, como os jovens chamam, são uma espécie de “botecão”. “É igual a um boteco, que você vai e olha para uma pessoa, pisca para outra, conversa com outra, essa conversa não rolou bem você parte para outra. Para mim é a mesma coisa. A pessoa precisa estar consciente de que nesse ambiente virtual ela tem uma expectativa que pode não corresponder à expectativa do outro”, disse Giobert, que não é contra o uso dos aplicativos. “Use no Carnaval, conheça a pessoa, use camisinha, se protejam e não esqueçam: não acreditem em conversas que começam na internet, nesses aplicativos, além de você a pessoa pode estar conversando com outra dezena. Por isso, fique sempre com o pé na realidade”.

Giobert também orienta estabelecer metas para o dia de folia. “Saibam que o amor surge naturalmente, não saia pensando em achar o amor, ele os encontra. Vá se divertir com seus amigos, aproveitem a folia. O amor vai muito além do Carnaval”.

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