Marcello Veríssimo

O S.O.S Estradas divulgou nesta terça-feira (28) balanço sobre o número de mortes durante o feriado de Carnaval nas rodovias do país. De acordo com o levantamento inédito, 202 pessoas morreram e mais de duas mil ficaram feridas.

Na quinta-feira da semana passada, o balanço apresentado pela Polícia Rodoviária Federal, referente apenas às rodovias federais, mostrava 73 mortes e 1.520 feridos.

O S.O.S Estradas informou que mesmo antes do feriado já tinha uma estimativa do número de mortos em acidentes entre a sexta-feira de Carnaval (17) e a Quarta-feira de Cinzas (22) na ordem de 200 óbitos e 2 mil feridos.

O levantamento inédito analisou mais de 1.500 notícias veiculadas na internet e apurou total de 202 mortos, no somatório das rodovias federais e estaduais. Pelo balanço, foram 80 mas rodovias federais, o S.O.S Estradas informou que encontrou sete mortos a mais que o número divulgado pela PRF e 122 nas rodovias estaduais. “Os dados dos feridos carecem de confirmação oficial e por isso não pudemos apurar mas supera 2.500 vítimas”, informou o coordenador do S.O.S Estradas Rodolfo Rizzotto.

O resultado parcial, após a pesquisa, confirmou a precisão do S.O.S Estradas de 200 mortos. “Mesmo sem os dados de 22 estados sobre os feridos, com dados de apenas da PRF e de 5 estados já contabilizou 2.119 feridos, confirmando nossa estimativa”, garante o coordenador. “Como portal ligado às entidades de vítimas, lamentamos profundamente que nossas previsões tenham sido confirmadas e ainda superadas”, completou.

De acordo com o coordenador do S.O.S Estradas, o balanço serve como uma contribuição para que a sociedade reflita sobre a tragédia do trânsito brasileiro. “Aproveitamos para destacar a redução positiva de mortes nas rodovias federais, embora com aumento dos feridos. Atribuímos esta parcial boa notícia à mudança na política do controle dos abusos de velocidade e volta dos radares”.

O S.O.S Estradas também destaca que a gestão de velocidade nas rodovias é essencial para a preservação da vida. “Não são apenas estatísticas, precisamos lembrar que os dados se referem a vidas humanas. E os familiares, parentes e amigos das vítimas, não aparecem nas estatísticas mas de certa forma são mutilados e sofrem as consequências de um país que parece acostumar-se com a violência no trânsito”, ele alerta.

Reprodução Instagram/ drone_ly

By srneto

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *