Marcello Veríssimo

Familiares e amigos do pescador Luiz Fernando Ribeiro, conhecido por Butica, 41, lotaram nesta terça-feira (14) a Câmara de São Sebastião, na região central do município, em novo manifesto por Justiça na elucidação do caso. A morte do pescador completou um ano no último dia 11 e até o momento ninguém foi indiciado pela autoria do crime.

Butica era muito querido na cidade, tinha muitos amigos, deixando mulher e dois filhos. Os familiares e amigos saíram do bairro de São Francisco em carreata e trouxeram a lancha do pescador até a sede do Poder Legislativo, na frente da Igreja Matriz.

O corpo do pescador foi encontrado na manhã do dia 12 de março do ano passado por uma embarcação civil.

À época, o GBMar (Grupamento de Bombeiros Marítimos do Litoral Norte), a Delegacia da Capitania dos Portos – Marinha, a Defesa Civil de São Sebastião e muitos amigos do pescador realizavam buscas desde a sexta-feira do acidente.

Ele havia saído da Praia Preta para pescar por volta das 14h do dia 11 com sua lancha modelo Dumar no sentido norte do Canal de São Sebastião e não retornou. A lancha de fibra utilizada tinha 5,30 metros e motor de 40hp.

De acordo com as investigações, a embarcação foi encontrada no dia 14 de março no fundo do mar, sendo retirada e levada para uma marina no Pontal da Cruz. A embarcação foi encontrada com uma grande varia na popa (parte de trás), com as laterais destruídas e também danos no motor.

Família – Butica era um dos moradores mais conhecidos e queridos de São Sebastião. Caiçara nativo, foi um jovem que cultivou muitos amigos. Ele trabalhou na travessia de balsa São Sebastião-Ilhabela e também na Prefeitura de São Sebastião.

A reportagem do JDL acompanhou a manifestação por justiça e conversou com familiares do pescador, ainda inconformados com os rumos da investigação. O irmão de Butica, Vitor Mariano Ribeiro, disse que no último ano não conseguiu respostas sobre o desfecho do caso. “Não tivemos nenhuma resposta sobre quem foi o autor do acidente. Estamos aguardando a investigação da polícia. Por isso estamos aqui cobrando, pois a investigação não andou do ano passado para cá. Queremos justiça, que o autor apareça”, disse Vitor.

O pai de Butica, Aldo Ribeiro, que é oficial de justiça aposentado, disse que confia na Justiça dos céus. “Estamos aguardando a investigação da polícia, da Marinha e da Promotoria. O coração desaba, a gente se emociona todo dia. A gente tem que confiar na tal de Justiça. Se essa aqui de baixo não for feita, a de cima não falha”.

By srneto

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