Pescadores são flagrados após verdadeiro massacre de peixes em Alcatrazes

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Marcello Veríssimo

Um massacre. Fiscais do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), que é o responsável por proteger o Arquipélago de Alcatrazes, autuaram na madrugada desta quinta-feira (6), duas pessoas por pescar na unidade de conservação.

A embarcação foi flagrada perto da Ilha do Farol, dentro do Refúgio de Vida Silvestre em Alcatrazes. Com a dupla de pescadores de Ilhabela, que não teve a identidade divulgada, os agentes apreenderam 264 kg de pescado, entre garoupas, que está ameaçada de extinção, anchovas, carapaus e pirajicas.

Também foram apreendidos petrechos utilizados na pesca irregular como duas redes, 10 linhas e uma embarcação de alumínio, do tipo voadeira.

De acordo com o instituto, o valor das multas passa de R$ 140 mil. Os pescados apreendidos foram doados para o Fundo Social de São Sebastião.

O flagrante deve ser comunicado para o Ministério Público Federal para abertura de processo contra os pescadores autuados.

O ICMBio informou que o Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes, na Costa Sul de São Sebastião, e a Estação Ecológica Tupinambás, localizada em Ubatuba, são de proteção integral e fundamentais para reposição dos estoques pesqueiros da região.

De acordo com o ICMBio, a pesca de predadores como o tubarão afeta toda a cadeia de vida marinha e pode causar danos imensuráveis às unidades de conservação. A pesca predatória permanece proibida dentro das unidades de conservação ambiental.

Alcatrazes é considerado um santuário da biodiversidade marinha. Localizado a aproximadamente 45 quilômetros da costa de São Sebastião, está aberto para visitação pública desde dezembro de 2018 sob gestão do ICMBio.

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