Marcello Veríssimo

O Corpo de Bombeiros, em Caraguatatuba, foi chamado na manhã do último sábado (27) para atender uma ocorrência que reconta uma história que divide opiniões pelo país: a necessidade de fiscalização e de se criar leis para aplicação do uso de focinheiras por cachorros considerados de raças violentas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a ocorrência do dia 27 foi registrada no bairro Perequê-Mirim, na região sul de Caraguatatuba, depois que um cachorro da raça Rottweiler mordeu um dos braços de um homem de 27 anos.

O homem teve o braço esquerdo todo mordido, segundo o registro da ocorrência. Ele foi socorrido por equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levado até a Casa de Saúde Stella Maris.

A reportagem do JDL não conseguiu saber a intensidade dos ferimentos causados pela mordida do animal na vítima.

O Rottweiler é uma raça de cães molosos desenvolvida na Alemanha. De acordo com sites especializados na internet, a raça foi criada por
açougueiros da região de Rottweil com o objetivo de trabalhar com o gado, porém logo se tornou um eficiente cão de guarda e boiadeiro, também considerado um cão de tração. E devido a sua utilidade, ele se tornou rapidamente popular em todo o mundo.

Na maioria do tempo, os especialistas dizem que trata-se de um cão com personalidade confiante, sendo destemido, dedicado, obediente, alerta, de boa natureza e seguro de si mesmo.

No caso registrado em Caraguatatuba, o Corpo de Bombeiros informou que o dono do animal não estava próximo a ele no local do ataque. Os bombeiros contiveram o cão e o levaram para o Centro de Controle de Zoonoses.

O JDL não conseguiu obter esclarecimentos sobre a fiscalização do uso de focinheiras por essas raças de cães na cidade com a Câmara Municipal ou a Prefeitura.

De acordo com a Câmara dos Deputados, o projeto de lei 4871/20 determina que cães perigosos ou potencialmente perigosos sejam conduzidos em locais públicos com condutor, focinheira, estrangulador e coleira.

No estado de São Paulo, o então governador Geraldo Alckmin (PSDB) regulamentou em 2003, a Lei nº 11.531, que obriga cães considerados de raças ferozes a usar esses acessórios.