Marcello Veríssimo
Depois da final da sexta etapa do mundial de surfe WSL na piscina de ondas do Surf Ranch, na Califórnia, neste domingo (28), o tricampeão de surfe Gabriel Medina, que é de São Sebastião, fez um post no seu perfil oficial do Instagram questionando o protocolo de notas da Liga Mundial de Surfe. Entre os homens, o campeão da etapa neste fim de semana foi o americano Griffin Colapinto.
De acordo com o tricampeão mundial Gabriel Medina, a comunidade do surfe, especialmente a brasileira, está estarrecida com a falta de clareza e inconsistência na definição das notas há muitos anos. “Mas ultimamente isso tem sido ainda mais chocante. O surfe é minha vida, e meu amor por este esporte é incondicional. Por favor, caro WSL entenda a importância desta discussão”, escreveu o tricampeão mundial. “Surfo com paixão e pretendo deixar um belo legado quando olhar para trás um dia”, disse o surfista.
Em um longo desabafo, Medina questiona a avaliação dos juízes e diz que eles estão agora recompensando “um surf muito simples, transições incompletas e progressão e variedade estão sendo retiradas da equação”. Para o surfista de São Sebastião, isso é muito frustrante e ameaça o crescimento do esporte.
O surfista disse ainda que fãs e patrocinadores não aceitarão que esse tipo de julgamento continue e, em um futuro próximo, acabarão se afastando uma vez que todos esperam um julgamento igual e justo para o esporte.
Progressão e Variedade – Medina enfatiza no seu post, com letras em caixa alta, que a WSL precisa discutir sobre progressão e variedade nos seus critérios e a falta de valorização para as manobras. “É importante observar que muitos treinadores tiveram a oportunidade de falar com a WSL após as baterias/etapas e o retorno recebido é sempre bastante defensivo, com exemplos ruins para ilustrar seus argumentos”. “A WSL precisa urgentemente esclarecer seus critérios e aplicar um julgamento justo para preservar a evolução do esporte”, disse o surfista.