Marcello Veríssimo

Um projeto ousado, que pode mudar a paisagem de Caraguatatuba, mas que ainda depende de autorização da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Esse é o cenário atual do projeto para a construção de um novo mirante e bondinho que deve ligar o Morro da Prainha ao Mirante do Camaroeiro, na região norte do município.

A prefeitura ainda depende da autorização da Cetesb para retirar vegetação no alto do morro da Prainha, região norte da cidade. A companhia ainda analisa o pedido para supressão de vegetação com o objetivo de construir uma rampa no morro.

De acordo com a Cetesb, a Polícia Ambiental embargou o local no mês de fevereiro após os deslizamentos de terra e encostas causados pelas chuvas.

Os mirantes são obras bastante comuns na região e, segundo as prefeituras, também são um tipo de atrativo turístico, principalmente na baixa temporada.

Caraguatatuba possui dois mirantes famosos que são o do Camaroeiro e o de Santo Antônio. Em um ponto privilegiado, o mirante de Santo Antônio possui aproximadamente 350 metros de altura e uma vista panorâmica de Caraguatatuba e São Sebastião, e ao fundo, o arquipélago de Ilhabela.

Intenções – A intenção da prefeitura em executar o projeto é antiga desde abril de 2017, ocasião em que o projeto de implantação do bondinho ou teleférico interligando o mirante do Camaroeiro ao Morro da Prainha. As obras para transformar o antigo farol em um novo mirante começaram no ano passado. O cronograma de andamento está atrasado.

Pelo projeto, também seria instalado um elevador para levar os turistas até o mirante do farol e bondinho para os morros da Prainha e do Camaroeiro.

A verba utilizada nas obras ultrapassam o montante de R$ 7 milhões, sendo destinados pelo DADE (Departamento de Apoio e Desenvolvimento das Estâncias).

O assunto viralizou nas redes sociais e em aplicativos de mensagens. Moradores e turistas acompanham a “grandiosidade do projeto” com muitas dúvidas. “Essa história de construir mirante tem dois lados. Tem que tomar cuidado depois para não ficar abandonado, tem que ser bem fiscalizado”, disse uma moradora de Caraguatatuba.

O que dizem os citados – A reportagem do JDL tentou contato com a Prefeitura de Caraguatatuba e não obteve resposta.