Marcello Veríssimo
O Dia do Sexo é celebrado na próxima quarta-feira (6). Mas qual a razão de ter um dia especialmente para comemorar algo que é tão íntimo de cada um. Em um primeiro momento, a data se popularizou por meio de uma campanha de marketing realizada por uma marca de camisinhas.
De acordo com os especialistas, a criação da data foi motivada por outras datas comemorativas e populares como o Dia das Mães e o Dia dos Pais, que tiveram origem durante o sexo. “Sem ele, a maior parte das mulheres não seriam mães, e os homens não seriam pais”, dizem os especialistas.
A reportagem do JDL apurou que, utilizando de uma forma irreverente, a data surgiu com pelo menos dois objetivos importantes: conscientizar as pessoas sobre o uso da camisinha e quebrar tabus ultrapassados.
A primeira tentativa de criar o Dia do Sexo aconteceu no dia 20 de novembro de 1935 com o objetivo de incentivar o debate sobre sexo, pois naquela época não se falava quase nada sobre o assunto.
De lá para cá, muita coisa mudou. As gerações atuais estão cada vez mais livres para demonstrar sua sexualidade sem medo de serem julgadas. “Eu sou o que sou, minha sexualidade não define meu caráter, não tenho culpa de ter nascido assim de uma forma que eu não escolhi, então só me resta viver bem”, disse o jovem Pedro Aquino, de Caraguatatuba.
Para muitos, o sexo desempenha um papel importante nas relações amorosas. Mas não é tudo. A psicóloga Luana Ganzert, especialista em emoções, disse que conversar e entender as preferências do parceiro(a) na maioria das vezes é a melhor opção. “Alguns casais deixam de conversar e demonstrar suas necessidades e preferenciais ao parceiro”, disse a psicóloga.
A empresária Sônia Melo, proprietária da Sensual Store Prazeres da Ilha, concorda com a psicóloga Luana. Ela diz que conversar é fundamental para ter um relacionamento saudável. “Eu sempre acreditei na teoria do relacionamento de 100% na horizontal e 50% na vertical, ou seja, sexo tem que ser concentro, falado. Na cama o casal tem que falar a mesma língua”, disse a empresária.
Para a ex-presidente do Fórum LGBT do Litoral Norte Paulista, Thífany Félix, o sexo é sim um dos itens importantes para um relacionamento saudável. “Mas infelizmente muita gente banaliza. O que seria um momento importante na intimidade das pessoas, hoje não tem importância, mas deveria”, acredita Félix.
Comercial – Assim como Dia das Mães, Natal, Dia dos Pais, o Dia do Sexo também é uma data comercial. De acordo com a Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme), o faturamento do setor no ano passado foi R$2 bilhões, com mais de 1 milhão de vibradores vendidos no país.
O Litoral Norte está na rota das sexshops com lojas em Caraguatatuba e Ilhabela, conforme o JDL já mostrou.
Para o Dia do Sexo, a empresária Sônia Melo conta que está confiante em um aumento das vendas para a data. “Venham conhecer a loja aqui no Perequê e conferir as novidades”.
