Impasse continua e famílias da Vila Sahy convivem com medo de ter que deixar suas casas

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Marcello Veríssimo

O impasse continua. Após a audiência virtual realizada nesta terça-feira(5), o Juiz da Primeira Vara de São Sebastião Vitor Hugo Aquino de Oliveira, decidiu por um novo prazo de mais cinco dias para novas manifestações do Ministério Público, da Procuradoria Geral do Estado, CDHU e Defesa Civil sobre os riscos para os moradores permanecerem em suas casas na Vila Sahy, costa sul de São Sebastião. A audiência, que começou às 14h, durou mais de 9 horas, terminando só às 23h20.

A Prefeitura de São Sebastião, assim como a comissão formada por moradores do local também podem se manifestar dentro deste novo prazo.

Na semana passada a PGE (Procuradoria Geral do Estado) solicitou a remoção das famílias e a demolição de 893 casas na Vila Sahy, epicentro da tempestade histórica que devastou a costa sul do município em fevereiro deste ano.

A decisão do juiz sobre se atende ou não a PGE sobre a remoção e a demolição das casas ficou para a próxima semana.

De acordo com a Procuradoria Geral do Estado, as famílias devem ser retiradas do local, pois a área ainda oferece riscos à segurança dos moradores em caso de tempestade.

A demolição dos imóveis, segundo a PGE, é necessária para que novas famílias não ocupem os imóveis que estão nas áreas de risco.

Casas

Desde a tragédia, o governo do estado iniciou a construção de novas moradias para as famílias que vivem em áreas de risco, mas o número de novos imóveis ainda seria insuficiente para atender às 893 famílias da Vila Sahy.

De acordo com o governo estadual, as 704 unidades habitacionais na Baleia Verde, também na costa sul do município, estão prestes a ser concluídas.

Na semana passada, após o anúncio da PGE, os moradores da Vila Sahy iniciaram a série de protestos contra a decisão.

Às vésperas da eleição para prefeito e vereadores, o caso ganhou contornos políticos e viralizou nas redes sociais.
De acordo com os moradores, os imóveis oferecidos pelo governo estadual são pequenos e quentes, além de não existirem políticas públicas destinadas a essas famílias, em sua maioria, em situação de vulnerabilidade social.

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