Polícia registra queda do helicóptero como homicídio culposo

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Marcello Veríssimo

A Polícia Civil, em São José dos Campos, registrou o acidente com o helicóptero Robinson R44, encontrado no último dia 12, como homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar.

Os três passageiros e o piloto morreram no acidente. De acordo com a polícia, com isso, o piloto Cassiano Tete Teodoro, 44, que também morreu na queda, foi apontado como “autor” do acidente, conforme o boletim de ocorrência.

A operação em busca dos destroços do helicóptero durou 12 dias. Era 31 de dezembro, véspera de Réveillon, quando o piloto decolou do Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Ilhabela, mas não pousou no destino final.

A causa que motivou a queda do helicóptero ainda é desconhecida, pois as investigações ainda não foram concluídas. De acordo com a polícia, apenas ao final das investigações é que será possível apontar se a responsabilidade foi humana ou por alguma causa mecânica.

A Polícia Científica e a FAB (Força Aérea Brasileira) ainda apuram o que pode ter acontecido com o helicóptero.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo disse aos jornalistas que foi realizada a perícia no local da queda e os exames necroscópicos no corpo das vítimas, já liberados para as famílias. “O caso foi registrado como homicídio culposo na Delegacia de Paraibuna”, informou a SSP.

Piloto

Além do piloto Cassiano, estavam no helicóptero Luciana Rodzewics, 46, a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20, e o amigo das duas, Raphael Torres, 41, que fez o convite a Luciana e Letícia para o passeio, segundo os familiares das vítimas.

As investigações mostraram que Cassiano e Raphael se conheciam, mas negaram que o laço de amizade entre eles fosse estreito.

O piloto Cassiano morreu diante de um histórico de irregularidades na aviação.

Ele estava sem licença para voar em operação de táxi aéreo, possuindo apenas licença pessoal para voar.

A suspeita é que o passeio para Ilhabela naquele dia 31 de dezembro tenha sido realizado como um “passeio entre amigos”, sem comprovação de que tenha sido fretado.

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