No Carnaval do Macetando, mulheres contam que não tem homem e especialistas dizem que “cada um tem sua dinâmica”

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Marcello Veríssimo

Como boa parte das situações na vida, relacionamento amoroso é loteria. E no Carnaval não é diferente. Conhecida como a festa mais carnal de todas, durante os últimos quatro dias para muita gente, pelo menos em teoria, é a oportunidade para conhecer gente nova, flertar, interagir e quem sabe encontrar o amor no meio da multidão.

Os especialistas dizem que durante os dias de folia muita gente se permite estar mais espontânea e aberta para conhecer novas pessoas, sem muita “burocracia” deixando de lado as inibições e pressões do cotidiano. “Esta é a época em que as pessoas se permitem dar vazão aos impulsos que, na rotina de cada um, ficam reprimidos”, explica a terapeuta especialista em amor Ceci Akamatsu.

De acordo com ela, ao agir com mais autenticidade as pessoas atraem outras que ressoam com sua verdadeira essência, independente dos chamados padrões. “Isso pode dar origem a relações gratificantes, seja por apenas um momento ou a longo prazo”, disse ela. “Quando sabemos lidar com as expectativas, mesmo que a relação não vingue, esta vivência pode continuar a ser enriquecedora”, completa a terapeuta.

O treinador de vida de São Sebastião, Giobert Gonçalves, concorda. Ele conta que cada um tem a sua dinâmica. “Você não tem o poder de controlar as investidas ou reações do outro, apenas como reage a elas. Você pode escolher sofrer ou seguir em frente, partir para a próxima, rodar a catraca”.

Hit

Maior hit do Carnaval 2024, a música “Macetando” da cantora Ivete Sangalo grudou o refrão na cabeça e fez muita gente querer macetar no Carnaval. “Tem gente que associa com algo obsceno ou sexual. Mas, poxa, acho que dá pra dizer que ‘macetando’ tem a ver com ‘vou te dar um amasso, vou te pegar’. No carnaval pode isso, por que não? Desde que haja permissão, está tudo valendo”, disse Samir Trindade, um dos compositores do hit de Sangalo e Ludmila.

A estudante de São Paulo, Priscila Melo, 28, disse que ela bem gostaria de ter macetado, mas que os homens perdem o rebolado diante uma mulher que sabe o que quer. “Não tem homem no mercado, nem no Carnaval, a maioria ou é gay, ou está namorando, ou ainda tem aqueles que traem as namoradas com homem e mulher, aí fica difícil encontrar alguém solteiro e disposto, mas a gente tenta”, disse a jovem bem humorada no Carnaval de Marchinhas, em São Sebastião.

Para ela, os homens que gostam de mulher não sabem chegar nem no Carnaval. “Apesar da folia, não é só chegar beijando e pegando”, dispara a estudante.

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