Mutirão ajuda renovar a vida na Aldeia Rio Silveira após tragédia da tempestade em S.S

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Marcello Veríssimo

A natureza renasce assim como a vida. É o que o povo indígena mostra todos os dias para o resto da civilização. Um mutirão realizado nas terras da aldeia do Rio Silveira, entre São Sebastião e Bertioga conseguiu realizar a contenção e a recuperação do morro, que deslizou em fevereiro do ano passado durante a tempestade que devastou a costa sul de São Sebastião.
A iniciativa foi realizada durante o fim de semana e contou com a participação de 12 voluntários, que se integraram à aldeia para colaborar com a recuperação do morro em que fica a Casa de Reza dos Guaranis.

A aldeia está instalada na avenida Tupi Guarani, em Boracéia, e ocupa 8.500 hectares, com uma população estimada em 960 indígenas divididos em 150 famílias. O cacique da Rio Silveira é Adolfo Timóteo e o vice-cacique é Mauro Samuel.

O trabalho foi realizado entre representantes das lideranças indígenas, da Escola Viva, do Coletivo Caiçara, que contaram com apoio da vereadora suplente, Paulete Araújo, que mora na costa sul e do Instituto de Capoeira Lobo Guará, que recebeu verba doada pela Casa Natura para contribuir com a recuperação do local.

A orientação do trabalho foi realizada por Diego Rizzo, que é gestor ambiental e atua com permacultura.

Após o deslizamento de terra, ele foi procurado pelas lideranças indígenas e desenvolveu projeto para a contenção e recuperação da área utilizando com base técnicas da permacultura como hiperadobe e ferro-cimento, ou seja, basicamente utilizou a própria terra do local junto com materiais da engenharia civil como cimento, cal, tubos, entre outros.

Além da concretagem da encosta também foram executadas a recomposição das árvores do morro com espécies nativas próprias da região.

Além disso, também foi verificada a contenção da parte mais vertical do morro com o objetivo de evitar novos deslizamentos.

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