Arquivo Público da Câmara de S.S é “viagem no tempo” pela política da cidade

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Marcello Veríssimo

Uma viagem no tempo. Essa é a impressão que o visitante tem ao entrar no prédio do Arquivo Público da Câmara Municipal, que fica na região central de São Sebastião.

A reportagem do JDL visitou o departamento nesta sexta-feira (12), a convite da jornalista Daniela Carvalho, que é uma das responsáveis pela criação do setor e todo o trabalho de organização e pesquisa dos documentos que reúnem a história política do município através dos séculos. “O arquivo começou em 2018 quando o administrativo mudou para o prédio novo na rua Capitão Luiz Soares deixando muitos documentos antigos, que ninguém sabia o que fazer”, explica Daniela.

Com a mudança dos funcionários para o prédio novo, aliada a passagem do tempo, os documentos foram levados para a sede da Secretaria da Educação e, até então, Daniela ainda não tinha se dado conta que seu novo propósito de trabalho estava prestes a surgir na sua vida.

Foi então que, na época, Daniela conta que recebeu a missão de fazer uma pesquisa nos documentos sobre os presidentes antigos da Câmara. “Fui para o Arquivo Histórico, comecei a pesquisar com a ajuda da Cris, pois os documentos antigos da Câmara ficavam lá”.

Daniela, que sempre gostou de História, conta que ao ter contato com esses documentos antigos descobriu um novo universo para o seu trabalho como jornalista. “É uma forma de exercer o jornalismo diferente, pois não é factual requer pesquisa”, explica.

A partir daí, o tempo contou a história. Hoje, o departamento é o mais novo da Câmara e contou com o apoio dos últimos presidentes do Legislativo: Reinaldinho Moreira, Teimoso e Marcos Fuly. “Comecei a escrever sobre os presidentes antigos, ouvir pessoas interessantes e percebi que isso me emocionava”, contou Daniela, em frente as fotos da galeria dos ex-presidentes.

No seu trabalho de pesquisa, a jornalista conta que se deparou com muitos documentos, ainda em papel, que sofreram ação do tempo e realmente precisavam de cuidado, já que não é possível se desfazer de documentos públicos. “São documentos da década de 20 em diante”.

Entre as relíquias, estão as primeiras atas ainda escritas com penas tinteiro. Depois de ficar anos fechada na década de 30, a Câmara foi reaberta em 1947 e teve eleições que elegeram sua primeira mulher vereadora. “A dona Turquinha, que trabalhava no cartório”, relembra a jornalista, acrescentando que existem muitos documentos do final da década de 40 em diante.

Para saber como trabalhar de forma adequada, Daniela fez cursos no arquivo do Estado e exerce sua função com muita responsabilidade, sempre atenta, principalmente, às condições do local que requer uma temperatura especial, entre outros cuidados. “Uma forma de preservar a história da cidade”.

Cuidados – Entre os cuidados com os visitantes, ela orienta sempre que no manuseio dos documentos é necessário o uso de luvas e não acessar o acervo tomando café ou portando alimentos, além da escala de temporalidade, que foi uma resolução aprovada que determina as normas do arquivo. “Repensamos toda parte de organização por meio da Cada, a Comissão de Avaliação, Documentos e Acesso, que antecedeu o departamento”.

Visitas Guiadas – Para saber mais informações sobre as visitas guiadas, basta entrar em contato com o setor e agendar pelo telefone (12) 3891-2152.

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