Com Cultura em Ruínas, PC e MPSP apreendem computadores na sede da Fundacc em Caraguá nesta terça-feira (23)

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Marcello Veríssimo

A Cultura está em Ruínas. A Polícia Civil e o Ministério Público Paulista realizam na manhã desta terça-feira (23) nova fase da operação que investiga o suposto desvio de dinheiro público da Fundacc (Fundação Educacional de Cultural de Caraguatatuba). De acordo com a polícia, as investigações começaram em julho do ano passado após denúncia anônima sobre desvio de mais de R$ 200 mil do setor para contas correntes de servidores.

Nesta manhã, policiais cumprem mandados de busca e apreensão na sede da fundação, que fica na região central do município e na casa de seis funcionários, que podem responder por peculato e associação criminosa.

As investigações mostram que a maior favorecida pelo esquema era a antiga diretora administrativa da Fundacc, Tatiana Batista de Jesus, funcionária comissionada que ocupou o cargo por seis anos.

O Ministério Público solicitou a prisão temporária de todos os investigados, mas a Justiça considerou que a prisão não é necessária nesse caso. Os suspeitos do crime foram apenas afastados de suas funções, além de não poderem frequentar prédios públicos e sair da cidade pelos próximos 15 dias, sem autorização prévia.

De acordo com o MP, o esquema era bem montado e a ex-diretora não agia sozinha. Além dela, os nomes dos outros cinco investigados são: Adriana Cristina Foreste, Silmara Selma Matiazzo Bolognini, Jean Cleber Nissola, Vanmer Ribeiro e Pelleas de Moraes Almeida.

Silêncio – Mesmo com a operação em andamento, a “Lei do
Silêncio” predomina entre os funcionários da Fundacc. A ordem é não dar entrevistas.

A assessoria de imprensa da autarquia divulgou uma nota aos jornalistas em que confirma a apreensão de computadores para apurar os supostos desvios que teriam sido “cometidos na gestão anterior”.

De acordo com a Fundacc, a atual presidência zela pela transparência dos fatos e vai continuar contribuindo para as investigações.

Já a Prefeitura de Caraguatatuba, a quem a Fundacc é vinculada, disse que a fundação tem autonomia administrativa e financeira com suas contas avaliada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).

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