Marcello Veríssimo

O delegado geral da Polícia Civil na Região Metropolitana Vale do Paraíba, Múcio Alvarenga, discordou nesta segunda-feira (29) das declarações do governador estadual, Tarcísio de Freitas (Republicanos) sobre uma suposta guerra entre as facções rivais PCC (Primeiro Comando da Capital), de São Paulo, e o Comando Vermelho, do Rio.

De acordo com Tarcísio de Freitas, essa seria uma das razões para o aumento da violência no Vale e Litoral Norte. “Se houver guerra de facções (no Vale do Paraíba) a gente vai pra cima”, disse o delegado Alvarenga, em entrevista aos jornalistas.

Para o delegado geral, a fonte desta informação do governador não seria a mesma da polícia. “Eu de imediato, já mantenho contato muito próximo da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) e da polícia militar na área de inteligência. Então isso vai refletir diretamente nos presídios, e a força das facções é dentro dos presídios”. “Se o governador falou deve ter a fonte dele e vai chegar alguma informação para nós.

O governador deve ter uma fonte que nós não temos”, afirmou o delegado.

Após a repercussão da fala de Freitas, o delegado Múcio também disse que entrou em contato com a PM para apurar mais detalhes.

Explosão de homicídios – O delegado disse que, a alta no número de assassinatos em Caraguatatuba, necessariamente pode não estar diretamente ligada com essa suposta guerra entre as facções criminosas.

De acordo com ele, muito provavelmente, pode estar ligada a diversidade populacional da cidade e da região, ocasionada pela presença de grandes empresas, responsáveis por obras e serviços.

Na avaliação do delegado, a mistura de origens e culturas diferentes aumenta os conflitos exigindo uma abordagem policial mais intensa e focada na investigação.

Ainda de acordo com Múcio, as atuais lideranças da Polícia Civil na região tem potencial para realizar um trabalho na resolução de crimes, mas também na prevenção.

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