Comerciante se une a moradores de rua para colocar barracas no centro de São Sebastião

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Marcello Veríssimo

Um problema aparentemente sem solução e que não dá para ser varrido para debaixo do tapete. Os moradores em situação de rua que ficam acampados na calçada da Capela São Gonçalo, em frente a Casa Ecumênica, continuam vivendo no local de forma insalubre. “Como a Prefeitura de São Sebastião não toma providência nós resolvemos perguntar o que eles querem. É um absurdo com um sol desse eles ficarem cozinhando”, disse a comerciante Sônia Maria, 77, que acompanha a situação bem de perto.

Sônia conversa com os moradores que estão na calçada, chama pelo nome, ajuda como pode, oferece água e atenção. “Só queríamos um lugar em que pudéssemos comer, tomar um banho, mas não esse café que eles dão aqui que não tem nem manteiga no pão”, disse um morador em referência ao atendimento oferecido pelo CREAS Pop, da Prefeitura de São Sebastião.

Com medo de se identificarem para a reportagem, essas pessoas sabem que vivem em uma situação difícil, mas pedem por mais dignidade no atendimento em São Sebastião. “Caraguá e Ilhabela possuem casas [de passagem] que servem um pratão, a gente pode chegar e comer, se estruturar mentalmente”, disse o homem, que no momento da reportagem recebia a visita da mulher, que está grávida e da filha pequena com aproximadamente 1 ano de idade.

Sônia conta que, com a ajuda dos próprios moradores de rua, pretende colocar barracas na calçada para poder dar mais dignidade a essas pessoas. “Vamos ver se a prefeitura faz alguma coisa”, ela conta. “Será possível que diante desse sol escaldante essas pessoas com crianças pequenas vão ficar assim?”, completou Sônia.

A Prefeitura de São Sebastião ainda não comentou o assunto oficialmente.

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