Palco de estratégias políticas, Câmara dá spoilers de possíveis cenários para as eleições municipais em sessões polêmicas

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Marcello Veríssimo

Há quatro meses da eleição municipal, a Câmara de Vereadores de São Sebastião por semanas consecutivas se tornou palco de espetáculos políticos com o objetivo de garantir votos que podem ajudar os atuais vereadores a permanecerem no poder, ou não.

Na sessão desta terça-feira (7) não foi diferente. Nesta quarta-feira (8), repercutiu na cidade o veto dos vereadores, por maioria de votos, ao projeto de lei do presidente da Casa, Marcos Fuly (DEM), que proibia o transporte de carga viva no Porto de São Sebastião.

A decisão dos vereadores foi alvo de protestos dos manifestantes, favoráveis à extinção do transporte de cargas vivas pelo porto local.

O PL da carga viva teve parecer negativo da Comissão de Justiça, que o considerou inconstitucional. Diante da aprovação do parecer, por sete votos a quatro, o projeto foi arquivado.

Araçá – Se de um lado, a decisão dos vereadores em manter as operações de carga viva no porto desagradou, do outro a aprovação do PDL (Projeto de Decreto Legislativo), na mesma sessão, por unanimidade, trouxe alento para os moradores da região do Araçá, no Topovaradouro. O projeto é de autoria do vereador Giovani dos Santos (MDB), conhecido por Pixoxó, que anula os decretos de desapropriação da orla marítima do Araçá, de autoria do Poder Executivo.
Durante semanas, moradores da região lotaram o plenário Zino Militão dos Santos para protestar contra as desapropriações.

Contas – Corre a espreita nos bastidores políticos sebastianense, que na próxima semana devem ser votadas as contas do prefeito Felipe Augusto (PSDB), que terminará seu segundo mandato no dia 31 de dezembro.

As contas a serem votadas são de 2020 a 2022, o vereador Edivaldo Campos, conhecido por Teimoso, aliado do prefeito pediu vistas por cinco dias. “Estou pedindo porque posso, é direito meu”, disse ele.
Mas, de acordo com o vereador Pixoxó (MDB) as contas estão com a Câmara há 30 dias, tendo a votação postergada.

O governo do prefeito Felipe Augusto foi cercado de polêmicas durante os seus dois mandatos. Para o vereador Wagner Teixeira (União Brasil), que faz oposição a Augusto, o prefeito tem controle sob sete vereadores da formação atual na Câmara e para ter suas contas aprovadas são necessários oito votos. “Ele precisa de oito votos para quebrar o parecer do Tribunal de Contas, que rejeitou as contas dele no Tribunal de Contas do Estado, se ele não arrumar mais um voto ficará inelegível por oito anos”, disse Teixeira.

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